O modelo dos Modos Esquemáticos foi desenvolvido por Jeffrey Young no contato com pacientes graves que tinham dificuldade de internalizar o modelo de Esquemas. Os Modos são um conjunto de esquemas, ou operações de esquemas – adaptativos ou desadaptativos – ativados em um dado momento e o trabalho com eles tem apresentado uma série de vantagens, desde seus primórdios. Não só por atender aos cuidados de pacientes mais graves, mas também pela ampla gama de estratégias que podem ser adotadas ao longo do tratamento. Diante disso, vamos iniciar o curso detalhando esse conceito, passando pela origem do modelo de modos e as atualizações propostas posteriormente. Iremos entender e explorar cada um dos modos, capacitando você a avaliar, psicoeducar e identificar quando cada modo está presente em sessão, para que possa trabalhar de forma efetiva com o seu paciente.

As emoções como ansiedade, tristeza e solidão estão relacionadas com modo criança vulnerável e o nosso objetivo em TE é cuidar dessa criança por meio da “reparentalização”. No entanto, os modos de enfrentamento desadaptativos podem surgir nesse caminho, como resultado das necessidades emocionais que não foram atendidas ao longo do desenvolvimento, causando problemas na vida atual dos pacientes. Por isso, o curso apresentará uma abordagem sistemática da Terapia do Esquema, relacionando as experiências da infância dos pacientes com o desenvolvimento de padrões desadaptativos, proporcionando uma forma eficaz de obter resultados na terapia.

Os desafios enfrentados no consultório estão relacionados aos padrões disfuncionais, tais como comportamento agressivo no atendimento ou desconexão emocional. Neste curso aprenderemos mais sobre quais são os modos e qual a sua função quando eles são ativados. Também maneiras de psicoeducar nossos pacientes, ajudando-os a identificar os gatilhos, as ativações desses modos e as estratégias que podem ser adotadas para que possam responder de forma assertiva a partir do modo Adulto Saudável.

O objetivo final de todo processo psicoterápico é a mudança, mas empecilhos são encontrados nesse percurso e é comum terapeutas sentirem que alguns tratamentos estão “estagnados”. Quando o paciente já tomou consciência de seus modos de funcionamento, de seus gatilhos e do que ele precisa para que a mudança aconteça, entramos de forma mais ativa na etapa da intervenção.

Como a gente gosta de falar: emoção se cura com emoção. No curso falaremos de algumas das ferramentas e estratégias que podem ser utilizadas com o objetivo de que você potencialize seus resultados através do trabalho com modos: confrontação empática, reparentalização limitada, construção do mapa esquemático, ciclo de modos, aplicação de inventários, técnica de entrevista com o modo, trabalho com cadeiras, entre outros.

Trabalhar com as competências de nossos pacientes tem sido uma estratégia muito valiosa, pois todos têm um lado saudável que ajuda a lidar com os desafios do cotidiano. Reconhecer qualidade e forças já desenvolvidas e utilizá-las para auxiliar no tratamento pode ser a chave para grandes mudanças. Nessa parte do curso serão discutidos uma série de comportamentos que podem ajudar a trazer o lado saudável da personalidade quando o paciente vier a enfrentar momentos desafiadores.

Apresentaremos estratégias para autorregulação emocional que permitem lançar mão das suas competências assertivas para lidar com as situações estressantes e ativadoras se seus esquemas.