À medida que a paciente descreve a cena em detalhes, as emoções associadas a ela se intensificam. Então, a terapeuta pede à paciente que se desapegue da imagem, mas se apegue ao sentimento associado a ela, e volte ao passado, à sua infância, e permita que surja outra imagem que tenha o mesmo sentimento ou um semelhante ao que acabou de ser experimentado. Essa nova imagem da infância quase sempre compartilha esquemas com a da situação atual, possibilitando ao paciente compreender a maneira como esses temas do passado se manifestam no presente.
Conforme a paciente revive a cena do passado, ela é capaz de expressar seus sentimentos (tristeza, medo, vergonha, culpa ou raiva) desses eventos dolorosos. A terapeuta ouve a maior parte do tempo, facilitando o processo ao pedir à paciente que forneça mais detalhes. À medida que esse processo ocorre, o terapeuta avalia as necessidades de desenvolvimento não atendidas ou frustradas da criança e os esquemas das respostas de enfrentamento (ou modos) que surgiram a partir deles. Então, pede permissão ao paciente para entrar na imagem para fornecer algo de que a criança precisava, mas não conseguiu quando os eventos ocorreram. Ao entrar na imagem, a terapeuta é capaz de reparentalizar a criança diretamente, proporcionando, por exemplo, conforto, validação ou proteção, dependendo das necessidades da criança.